A Madre Deus na Praia Grande

Parceria é a palavra que melhor define a realização do primeiro videoclipe da cantora Lena Machado. Há tempos, desde que lançou Samba de Minha Aldeia, seu segundo disco, a artista buscava alguém que conseguisse captar a emoção que imprimiu nas gravações e a levasse para as telas. O cinegrafista Elson Paiva, abrindo uma produtora, buscava algo que lhe servisse de cartão de visitas. A escolha não poderia ser mais acertada.

Ambos trouxeram a Madre Deus para a Praia Grande, digo, emolduraram a beleza do samba Colher de Chá, de Patativa, com a da paisagem do Centro Histórico ludovicense.

“Juntamos a fome com a vontade de comer. A música de Patativa foi escolhida porque quis reverenciar a única mulher presente no elenco de compositores de meu disco, e aí foi fundamental o cenário do mercado da Praia Grande que é a casa da Patativa, com suas tiquiras, geleias de pimenta, artesanato, etc.”, explicou a cantora.

O videoclipe marca o desejo em Lena Machado de retomar o processo produtivo musical. Serve como aperitivo para um show que ela pretende apresentar na ilha até maio, o maior obstáculo até aqui justo o que não a impediu de presentear os fãs com o que os poucos mas fieis leitores conferem a seguir.

Bom dia!

Clipe de Passione, de Junio Barreto, com Mariana Ximenes e Xico Sá. A quem (re)interessar possa (eu já havia recomendado), Setembro pode ser baixado aqui.

Charme

Um dos grandes acontecimentos musicais do ano é, certamente, o segundo disco de Marcia Castro, recém-lançado, sucessor do bem sucedido Pecadinho (2007). Olha que charmoso o videoclipe de De pés no chão (Rita Lee), faixa que batiza o trabalho. Outra regravação charmosa é a de Preta pretinha (Moraes Moreira/ Galvão).

Ainda Sérgio Sampaio

Na Semana Sérgio Sampaio, que este blogue promoveu há uns dias, ocorreu um lapso imperdoável.

Deveríamos ter falado, e tentamos corrigir agora a falha, de Juliano Gauche, o moço dos clipes abaixo, em que canta Nem assim e Brasília, ambas de Sérgio Sampaio, acompanhado do Duo Zebedeu:

Dizê-lo meramente cover do capixaba é reduzi-lo, embora Gauche encarne Sampaio com raros talento, competência, simpatia e sensibilidade.

Em 2009, acompanhado apenas do par de violões do Zebedeu, leia-se, Fábio do Carmo e Júlio Santos, ele lançou o ótimo Hoje não!, inteiramente dedicado ao repertório do gênio de Cachoeiro do Itapemirim, altamente recomendável.

“Gerô e Nunes do Acordeom

tão lá em cima
tão com Deus fazendo um som”.

Gerô e Nunes do Acordeom ‘tão também na letra da música nova da Negoka’apor, cujo videoclipe você assiste abaixo.

Agendinha de Beto Ehongue, vocalista do grupo, em projetos paralelos: dia 12, às 20h, no Espaço Ímpar (Jornal O Imparcial, Rua Assis Chateaubriand, nº. 1, Renascença), com o poeta Celso Borges, no show A palavra voando, recentemente apresentado por eles nos três Centros Culturais Banco do Nordeste (mais detalhes por aqui em breve); e dia 14, com os Canelas Preta (sic, grupo do qual também é vocalista) às 22h no Odeon Sabor & Arte (Rua da Palma, Praia Grande).

Os ingressos custam R$ 20,00 para ambas as apresentações.

Vamos amar

Há uns dias caí num programa da TV Brasil que exibiu o clipe abaixo (que eu não conhecia, confesso). Sempre gostei dessa música, Façamos (Vamos amar), versão do genial Carlos Rennó para música de Cole Porter, magistralmente gravada por Elza Soares e Chico Buarque em Do cóccix até o pescoço, excelente disco da diva.

O apresentador do programa falava algo acerca da “safadeza” da letra e comentava como caíram bem as ilustrações de mestre Angeli para o videoclipe. Concordo. Tirem suas próprias conclusões: