Tribuna do Nordeste, Domingo, 26/4/2009
A GRAFIA NÃO-PORNÔ DE GOMBROWICZ
Polonês-argentino fez de seu penúltimo romance, trama bem construída de desfecho inesperado.
Um crime de execução aparentemente bastante simples resume o enredo do ótimo Pornografia [Cia. das Letras, 2009, 205 páginas, tradução de Tomasz Barcinski, R$ 42,00], penúltimo romance de Witold Gombrowicz (1904-1969), escrito em 1960 pelo polonês que passou seus últimos 24 anos de vida na Argentina – dele, a Companhia das Letras publicou também Ferdydurke, em 2006.
Apesar do título, a obra nada tem de tão explicitamente pornográfico, dividindo-se em duas partes. A primeira trata da admiração sensual de Fryderyk e Witold – este, narrador do livro, é o próprio autor, tornado personagem (de ficção?) –, intelectuais e boêmios (a vida real?), pelo jovem casal formado por Karol e Henia, noiva de Waclaw.

[… e a obra. Imagens: divulgação]
Na segunda parte, o par de “velhos” segue admirando o jovem casal, de conhecidos desde a infância, mas a trama ganha força e velocidade no planejamento de um assassinato, que acaba num desfecho completamente inesperado, para surpresa e prazer dos leitores.
Prazer que qualquer outra pornografia dificilmente seria capaz de proporcionar.


meu irmão, entre no blog de um tal de marco aurélio d’eça no imentira ponto com e veja que coisa linda!
dá vontade de bater!
o “jornalista” defecou pelos dedos escrevendo sobre o novo logo do governo sarney.
meu caro patrick: defecar pelos dedos é coisa que ele faz sempre que escreve. a vontade de bater sempre foi grande e aumenta. se a nova logomarca do governo fosse ao menos bonita, talvez pudéssemos relevar. mas nem isso. é péssima a “apropriação” do bumba-meu-boi, de suas cores, para justificar a merda toda. talvez agora seja possível entender o sentido da expressão “cagar colorido”. abraço!