![Antônio Martins. Secom/ Governo do Maranhão [http://www.ma.gov.br/agencia/noticia.php?Id=18689]](https://zemaribeiro.com/wp-content/uploads/2011/08/roseana_bumba.jpg?w=525)
Roseana Sarney não perde a pose e a oportunidade e aproveita para “sambar” com diversos personagens de uma de nossas mais destacadas manifestações culturais, outrora alvo de perseguição policial e da elite branca e endinheirada.
Aí é bonito posar ao lado de preto e de índio, os grandes estorvos ao “desenvolvimento” patrocinado pelos governos estadual e federal. Indígenas, quilombolas e sem-terra estão, mais uma vez, acampados na sede do Incra, em São Luís. A governadora nunca se dignou a pisar por lá, nem em junho nem agora, com as mesmas sandálias que valsam toadas.
Roseana Sarney não é índia, não é Catirina e duvido mesmo que levasse algum prêmio na Dança dos Famosos do Domingão do Faustão, devendo ser reconhecida como dançarina apenas por seus fieis bajuladores de plantão. “Como dança a governadora!”, devem suspirar emocionados ao vê-la arriscar um passo ou outro para posar para a mídia que lhe serve e lhe ajuda a sustentar a pose.
A governadora é, ao contrário, a dona da fazenda, a dona do mar, aquela que nega a língua e outros nacos do boi a índias, índios, Catirinas, Pais Franciscos, quilombolas, sem-terra e maranhenses outros, famintos e sedentos de justiça e paz, no campo e na cidade.

E apois… enquanto isso, um setembro de indefinições culturais aguarda a eleição para o Conselho Estadual de Cultura. Espero plural, diverso e rico.
Desconfio, porém, de minha esperança.
sempre bom desconfiar de nossas bem intencionadas esperanças, camarada, justo por que as coisas dependem de quem dependem. abraço!
Companheiro Zema, muito bom o texto, crítico e esclarecedor.
Aproveito para pontuar que observei que o link do meu blog não está mais conectado ao seu.
Abraços, meu amigo.
Hugo Freitas
obrigado, hugo. na mudança acabei nunca concluindo a lista. vou devolvê-lo. abraço!
Fui de blog em blog, passei por uns 3 até chegar neste. Êta homi que muda de casa! ;)
nina, querida, quanto tempo! espero demorar-me nesta. e tu? que contas de novo? abração!
muito bom o texto zema!! Preciso.
gracias, carol! abraço!
ei zema,
que bom que o bumba boi foi reconhecido como patrimônio imaterial. mas será que isso vai fazer diferença na vida dos mestres, mestras e brincantes?!
quanto a roseana, não me impressiona em nada. já era de se esperar este tipo de atitude oportunista.
valeu pelo artigo!!!!
lívia.
boa pergunta, lívia. a gente espera que sim, mas com aquela desconfiança que vai dar em mais do mesmo: patrimônio ou não, para a governadora a manifestação só interessa em se tratando de legitimá-la como mecenas, protetora, madrinha de bois, vacas & outros bichos. abraço!
Um texto bom, mas o que mais me incomoda em além de toda a “putaria sarney” é também o fato de muitas pessoas não conseguirem discernir etnia de cor e frequentemente mencionarem pessoas ditas de “cor” como pretas e não como Negras, desvalorizando assim todo um grupo étnico em prol de uma ignorância herdada tão valorizada pela linguagem popular. Acredito que muito disso também se deva ao fato de muitos negros não atentarem para esse quesito que em minha opinião considero como pejorativo.
Por fim é triste ver tantas coisas óbvias/tristes no nosso Estado, ainda mais vindas de pessoas que supostamente através de um voto “livre” e democrático colocamos no poder, para sempre no final exercer nossa maior característica como todo bom maranhense: criticar, isso cansa e muito, já que nada além disso é feito.
eduardo: a putaria é também aproveitar a ignorância deles. chamar negro de preto, ciente das diferenças entre coisa e outra, é lembrar secretário de cultura que classifica manifestação cultural de “brincadeira”. brincadeira, né? sobre criticar, é como disse celso borges no prefácio ao novo livro de flávio reis: cada um luta com as armas que têm. abraço!