Roubo de Xico Sá o título que ele deu, na Folha de S. Paulo, à coluna que comemorava o título do Vasco da Gama na Copa do Brasil em 2011. Troco o nome do heroico português pelo apelido do Sampaio Correa, que logo mais entra em campo, no Albertão, em Teresina/PI, para enfrentar a equipe carioca pela série B do Campeonato Brasileiro.
As equipes enfrentaram-se seis vezes, com quatro vitórias do Vasco, uma do Sampaio e um empate. Já disse, há algum tempo, no éter das redes sociais, que mais importante que o hexa brasileiro na Copa do Mundo é o título brasileiro do Sampaio na série B deste 2014.
Ao que o boliviano roxo e torcedor realista (pode?) Susalvino Viana, meu tio, advertiu-me: devemos torcer pela permanência do tricolor na série B. Para não cair. O Sampaio tem time para isso. Para ser campeão ou subir, não. O mesmo Susalvino havia me dito que seria praticamente impossível o Sampaio passar pelo Palmeiras na Copa do Brasil, do que discordei e a história mais uma vez revelou-me um péssimo comentarista/analista do ludopédio.
Se com prudência ou roxura cabe aos poucos mas fiéis leitores, amigos torcedores e amigos secadores – gracias, again, Xico Sá –, decidir: o importante é empurrar a Bolívia querida à recuperação.
Mas logo um cruzmaltino escrever isso?, decerto alguns me perguntarão. A explicação é simples: quem tem mais chances de voltar à série A (o verbo cabe a ambos os times, já que o Sampaio já figurou na elite do futebol nacional, como veremos adiante)? Certamente o time de São Januário. O que torna cada ponto para a Bolívia querida ainda mais importante e valorizado.
A julgar pelas estatísticas, cruzmaltinos e bolivianos devem sair satisfeitos com uma vitória dos visitantes – o mando de campo é da equipe carioca, punida por aquela briga de torcidas em jogo contra o Atlético/PR –, hoje, em terras piauienses: a única vitória do Sampaio contra o Vasco se deu justamente em 1974, quando a equipe liderada por Roberto Dinamite sagrou-se campeã brasileira pela primeira vez.